domingo, 27 de julho de 2008

?Por que você não sua quando ama?

Por que esta sua superficialidade toda? Qual é o problema em ir a fundo? Você não é capaz de qualquer tipo de reação. Uma frieza sem tamanho.
Você nunca luta por aquilo que quer, você prefere entregar a decisão a outra pessoa a escolher o que é melhor pra você! Aonde você acha que isto vai te levar?
Você precisa acordar: nem sempre vai ter alguém disposto a decidir o que é melhor pra você. Você um dia vai ter que andar com suas próprias pernas. E daí? Você acha que iria conseguir?
Você precisa reagir. Você não pode viver assim, sem querer ser notada por quem esteja ao seu redor.

Você tem que deixar de ser paisagem para começar a ser alguém vivo. Alguém com ação. Alguém com vontade própria, com vida.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Como um abraço curto

Aceite o fato que você já não precisa mais dela. Tudo aquilo que você sentia, Eugênio, foi-se embora com toda aquela superficialidade dela.
Quando, finalmente, você resolveu mergulhar de cabeça em uma relação, foi em vão. Dora não é aquela que você esperava. Enquanto ela fica no raso, você queria ir até onde não dá mais pé. Enquanto ela quer a segurança da terra firme, você quer asas e voar.

Agora, Eugênio, quebre estas correntes que o mantém preso a ela e a terra firme. Voe, mesmo que sozinho. Desate o nó que uniu vocês dois. Desate o nó que te prendeu ao chão.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Believe in me as I believe in you

O que te assusta tanto? Qual é o seu medo?
Eu não consigo entender este teu medo, que te prende ao chão e não te deixa voar. Clarissa, por que segues evitando se entregar de corpo e alma a tudo o que a cerca? Por que evitas te aprofundar? Por que não vives tudo o que a vida te oferece?
Tu ainda és nova, Clarissa. Tu ainda tens tempo de reparar esta tua superficialidade. Tu ainda tens tempo de quebrar estas correntes que te seguram ao chão e voar.
Não fiques no raso, com a água nos joelhos apenas olhando o mar a tua frente. Aceite o desafio: encare-o, enfrente as ondas e correntes, nade até não dar mais pé! Isto é viver.

Não se pode viver assim, sem mergulhar de cabeça.


"...feche os olhos, tome ar: é hora do mergulho..."

sábado, 5 de julho de 2008

Das Orangenmädchen

Não. Eu não deixaria de participar deste jogo por não poder aceitar as regras.

Mesmo que fosse por um breve período, uma fração mínima de tempo e espaço, eu não conseguiria me negar de participar deste conto de fadas. Por mais bruscamente que me tirassem o gosto do néctar da boca eu não poderia deixar de prová-lo.
Por mais que eu soubesse que a garota das laranjas, a menina do violino, a menina com uma flor iria embora de repente, eu jamais poderia deixar de provar o seu abraço, seu sorriso, suas lágrimas. Por mais que me machucasse quando fosse embora, tê-la, por um segundo ao menos, já me faria ver que valeria a pena passar o resto do tempo sentindo nada além da falta que faz.
Não me importaria a saudade - que só mostra que o que passou deixou marcas profundas e sublimes - se eu pudesse ter sentido por um momento que fosse.

Eu não escolheria não sofrer a dor da partida se isto significasse que eu nunca iria sentir a presença de uma garota das laranjas. Que eu nunca iria ver "um sorriso capaz de derreter o mundo" ou sentir a sua mão na minha inesperadamente.
Eu aceitaria as regras em troca de poder sentir. Não me importaria de passar a eternidade inteira sentindo a falta se soubesse - e sei - que o breve período valeria a pena.
Saber que tudo vai acabar de repente só me faz ter a vontade de aproveitar tudo em seus mínimos detalhes e sentindo o sabor - doce ou amargo - para ter pra sempre na lembrança.

Eu preferiria a dor e saudade infinitas de saber que não passará de uma lembrança do que já não mais será ao entorpecimento inútil do não-sentir.

"Um sorriso tão cálido, um sorriso capaz de derreter o mundo, e se o mundo o tivesse visto, todas as guerras e hostilidades do planeta cessariam no mesmo instante, ou pelo menos se estabeleceria uma prolongada trégua."


Esta é a minha resposta. E a sua?