Não. Eu não deixaria de participar deste jogo por não poder aceitar as regras.
Mesmo que fosse por um breve período, uma fração mínima de tempo e espaço, eu não conseguiria me negar de participar deste conto de fadas. Por mais bruscamente que me tirassem o gosto do néctar da boca eu não poderia deixar de prová-lo.
Por mais que eu soubesse que a garota das laranjas, a menina do violino, a menina com uma flor iria embora de repente, eu jamais poderia deixar de provar o seu abraço, seu sorriso, suas lágrimas. Por mais que me machucasse quando fosse embora, tê-la, por um segundo ao menos, já me faria ver que valeria a pena passar o resto do tempo sentindo nada além da falta que faz.
Não me importaria a saudade - que só mostra que o que passou deixou marcas profundas e sublimes - se eu pudesse ter sentido por um momento que fosse.
Eu não escolheria não sofrer a dor da partida se isto significasse que eu nunca iria sentir a presença de uma garota das laranjas. Que eu nunca iria ver "um sorriso capaz de derreter o mundo" ou sentir a sua mão na minha inesperadamente.
Eu aceitaria as regras em troca de poder sentir. Não me importaria de passar a eternidade inteira sentindo a falta se soubesse - e sei - que o breve período valeria a pena.
Saber que tudo vai acabar de repente só me faz ter a vontade de aproveitar tudo em seus mínimos detalhes e sentindo o sabor - doce ou amargo - para ter pra sempre na lembrança.
Eu preferiria a dor e saudade infinitas de saber que não passará de uma lembrança do que já não mais será ao entorpecimento inútil do não-sentir.
"Um sorriso tão cálido, um sorriso capaz de derreter o mundo, e se o mundo o tivesse visto, todas as guerras e hostilidades do planeta cessariam no mesmo instante, ou pelo menos se estabeleceria uma prolongada trégua."
Esta é a minha resposta. E a sua?
Mesmo que fosse por um breve período, uma fração mínima de tempo e espaço, eu não conseguiria me negar de participar deste conto de fadas. Por mais bruscamente que me tirassem o gosto do néctar da boca eu não poderia deixar de prová-lo.
Por mais que eu soubesse que a garota das laranjas, a menina do violino, a menina com uma flor iria embora de repente, eu jamais poderia deixar de provar o seu abraço, seu sorriso, suas lágrimas. Por mais que me machucasse quando fosse embora, tê-la, por um segundo ao menos, já me faria ver que valeria a pena passar o resto do tempo sentindo nada além da falta que faz.
Não me importaria a saudade - que só mostra que o que passou deixou marcas profundas e sublimes - se eu pudesse ter sentido por um momento que fosse.
Eu não escolheria não sofrer a dor da partida se isto significasse que eu nunca iria sentir a presença de uma garota das laranjas. Que eu nunca iria ver "um sorriso capaz de derreter o mundo" ou sentir a sua mão na minha inesperadamente.
Eu aceitaria as regras em troca de poder sentir. Não me importaria de passar a eternidade inteira sentindo a falta se soubesse - e sei - que o breve período valeria a pena.
Saber que tudo vai acabar de repente só me faz ter a vontade de aproveitar tudo em seus mínimos detalhes e sentindo o sabor - doce ou amargo - para ter pra sempre na lembrança.
Eu preferiria a dor e saudade infinitas de saber que não passará de uma lembrança do que já não mais será ao entorpecimento inútil do não-sentir.
"Um sorriso tão cálido, um sorriso capaz de derreter o mundo, e se o mundo o tivesse visto, todas as guerras e hostilidades do planeta cessariam no mesmo instante, ou pelo menos se estabeleceria uma prolongada trégua."
Esta é a minha resposta. E a sua?
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