terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Eco de Antigas Palavras

Como é que eu posso ir embora agora? Se para onde quer que eu olhe é você que eu vejo, como posso ficar longe? Se os meus olhos agora são teus e te seguem para onde for, como vou fazer quando não puder mais te ver?
Como, se ainda sinto o seu corpo sob o meu e a sua boca na minha? Se ainda carrego comigo as marcas da noite passada, como posso te esquecer? Se os meus braços ainda enlaçam a tua cintura, me diga como posso sair.
Se você deixou as tuas coisas aqui em casa, como não esperar que você volte? Como não olhar para a porta, esperando te ver abri-la, com um sorriso nos lábios? Como não querer te ouvir dizer que tudo voltou ao que era antes?

Como, se ainda sinto a tua presença aqui?


"Se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios ainda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair"

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