domingo, 27 de abril de 2008

Por que não eu?

Seus sentimentos naquele instante eram irregulares, instáveis, imprecisos. A felicidade pelo que aconteceu dava lugar, a todo instante, à angustia não saber o que iria acontecer. Tudo podia desmoronar em um instante, uma palavra, um gesto. Um gesto que também pode ajudar a construir aquilo que ele espera há algum tempo.
Tudo o que ele quer é uma chance. Uma chance de fazê-la sentir o mesmo. Sentir o mesmo calor no coração que ele não sentia há tempos. Sentir o mesmo frio na barriga que ele sentia sempre que a via. Tudo o que sentia era que, indubtavelmente, inequivocadamente, inquestionavelmente, ele podia fazê-la feliz. E ela a ele.
Depois deste dia, seria crueldade demais vê-la e não poder beijá-la.


"e eu com a cara mais lavada
digo: por que não?"

Nenhum comentário:

Postar um comentário