Ele nunca foi comunicativo, principalmente fora do seu círculo de amizades. Ele sempre ficava quieto, apenas ouvindo. Principalmente se, entre todas aquelas pessoas, existisse alguém que o atraía. Nesses casos, sua timidez só lhe permitia que ficasse olhando, como que hipnotizado, e sorrindo o seu velho sorriso sem graça sempre que ela olhava em sua direção.
Ontem, como em todas as vezes que isso acontecia, sua imobilidade o irritara. Queria ter tido a coragem de caminhar na direção dela e, olhando em seus olhos, dizer o quão linda ela lhe parecia. Queria ter esquecido por um momento de toda a sua timidez, mas a simples presença dela o deixava sem reação e a voz dela, com o seu jeito de falar cantado, o embalava, levando a sua mente para um torpor do qual não podia sair.
Tudo o que ele quer é mandar pro inferno o seu medo de errar e o seu espírito de análise, que sempre lhe cobra uma perfeição que ele não consegue atingir e lhe impede de tentar. E pior que tudo, a sua timidez.
Ontem, como em todas as vezes que isso acontecia, sua imobilidade o irritara. Queria ter tido a coragem de caminhar na direção dela e, olhando em seus olhos, dizer o quão linda ela lhe parecia. Queria ter esquecido por um momento de toda a sua timidez, mas a simples presença dela o deixava sem reação e a voz dela, com o seu jeito de falar cantado, o embalava, levando a sua mente para um torpor do qual não podia sair.
Tudo o que ele quer é mandar pro inferno o seu medo de errar e o seu espírito de análise, que sempre lhe cobra uma perfeição que ele não consegue atingir e lhe impede de tentar. E pior que tudo, a sua timidez.
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